quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Previdência e Lei do Trabalho

Previdência e Lei do Trabalho

Estamos prestes a aprovar mais uma Reforma da Previdência. Como temos escutado, esta reforma é para garantir o recebimento das aposentadorias futuras, pois, segundo informações do atual Governo, se não reformarmos as regras para a aposentadoria, considerando a insuficiência no número de contribuições para o regime público de previdência, ou seja, o déficit existente, ao longo do tempo, resultará na interrupção do pagamento das aposentadorias.

Este artigo, é claro, é espírita. Este assunto foi tratado em O Livro dos Espíritos a partir da questão 674 que fala sobre A Lei do Trabalho. A idéia bíblica de que trabalhar é um castigo, povoa nossa mente até os dias de hoje. A idéia de ser um milionário para deixar de trabalhar está presente no imaginário da população e é quase uma regra geral.
O que você faria se recebesse uma grande fortuna, ficasse milionário e não precisasse mas trabalhar? Se você respondeu que passaria a vida só comendo, bebendo e no ócio, saiba que estará contrariando uma Lei Natural: A Lei do Trabalho.

Tudo trabalha na natureza. Todos os seres da criação trabalham para o equilíbrio da vida. Um João de Barro, o pássaro, cuidará de sua prole, construirá sua casa, comerá suas minhocas e insetos… agirá dentro dos limites da sua inteligência instintiva para a conservação de sua espécie. O João de Barro não pensou em se organizar para ter uma construtora que edifique a sua casa enquanto ele voa para coletar mais insetos, vendê-los no mercado a fim de pagar o trabalho dos construtores de sua casa.
Esta é uma invenção humana, pois nós temos o livre arbítrio para criar mais necessidades, mais motivos de prazer e portanto, trabalharmos mais para atender as expectativas que criamos.

Nossos antepassados distantes trabalharam muito pela própria sobrevivência. E era um trabalho extremamente braçal. Nos dias de hoje o trabalho mais pesado está sofrendo um processo de mecanização e cada vez mais as ocupações migram para atividades que exigem menos força física .

Mas, não podemos considerar trabalho somente o que produzimos para o nosso sustento, bem estar e conforto material. Trabalho é toda ocupação útil. È justamente a capacidade de criarmos novas necessidades que faz com que trabalhemos mais e encontremos formas mais inteligentes para alcançar os resultados que queremos. Ao empregarmos o nosso tempo com utilidade estamos desenvolvendo nossa capacidade intelectual e possivelmente requintando nosso sentimento, aperfeiçoando o espírito.

Escrever este texto é trabalho, ler um livro é trabalho, conversar com alguém de forma edificante, é trabalho, prover o próprio sustento é trabalho. Quanto mais superior for o estágio evolutivo que nos encontrarmos menos material será a ocupação pelo trabalho.

Não é porque temos riqueza suficiente que devemos abdicar de ser útil à sociedade que vivemos. Se não precisamos trabalhar para o sustento do corpo material, podemos trabalhar pelo aperfeiçoamento e bem estar do nosso próximo, além de buscar o aperfeiçoamento e melhoria das instituições humanas.

Se dividimos nossa vida em horas de trabalho e horas de lazer, e se nas horas do trabalho somos úteis para a vida em sociedade, nas horas de lazer também devemos aproveitá-las para fazer o bem, senão estaremos desperdiçando precioso tempo da reencarnação. Claro que temos o direito ao lazer, mas vale aqui reforçar que o lazer também é um momento para fazermos o bem.

Se trabalhar é uma lei natural, o repouso também o é! Precisamos recuperar as energias físicas com o repouso do corpo e também repor nossa carga fluídica, através do desprendimento da alma, evitando assim, o esgotamento fluídico que resulta no esgotamento físico. 

Em O Livro dos Espíritos verificamos que devemos trabalhar enquanto tivermos forças para isso. Ou seja, trabalhar no limite das nossas forças. Nada impede que usemos nossa inteligência para que não usemos todas as nossas forças com o trabalho material remunerado. Somos livre para isso. Há quem viva de rendimentos, da aposentadoria privada ou pública... O  fato de termos uma renda e não precisarmos trabalhar não nos coloca acima da necessidade do Trabalho na concepção espírita. Ainda temos que nos ocupar de forma útil fazendo valer nosso tempo aqui na Terra.

Agora, há um outro problema que aflige aqueles que precisam trabalhar e não encontram forças que o possibilite ou ocupação que os assalarie. Os Espíritos Superiores afirmam a Kardec que é dever da família prover o sustento e ofertar os cuidados àquele que não tem forças para o trabalho. Se lhe faltar a família, este dever passa a ser da Sociedade, ou seja, é nosso dever. A sociedade inventou o Estado e este a Previdência Social, pois temos inteligência e livre arbítrio para isto. O que não podemos é esperar que  Estado realize o que cabe à família ou a sociedade fazer. O forte deve trabalhar pelo mais fraco. O rico deve amparar o mais pobre.

Um problema ainda mais sério quanto ao sustento material é justamento o desemprego. Pois, o fato de faltar ocupação a quem deseja trabalhar e ser digno de seu salário é uma perversão que mostra o quanto ainda vivemos em um mundo de expiação. Aquele que se entrega ao ócio ou a preguiça, acaba sofrendo as consequências da própria escolha.
Mas, e aquele que desejoso de trabalhar não encontra quem o remunere ou como vender sua produção ou seus serviços?

Kardec toca fundo nesta chaga social, comentando ao final da questão 685 que não basta dizer ao homem que ele precisa trabalhar. É necessário que ele encontre o trabalho. Enquanto buscarmos através da economia o equilíbrio entre as relações de produção e consumo, continuaremos sofrendo os efeitos do desemprego. Só uma Educação Moral do homem poderia garantir que todos encontrem o digno trabalho, tenham direito ao repouso, ao lazer para fazer o bem e finalmente, quando as forças lhe faltarem encontrem o devido amparo, tendo a satisfação de suas necessidades para completar sua jornada de reencarnatória aqui na Terra.

A meta do trabalho é o progresso moral e intelectual do espírito. Sem esta consciência, perdemos o foco da reencarnação e nos distraímos com o que haveremos de comer, beber e vestir, nas palavras de Jesus, sendo displicentes como Reino de Deus e a sua Justiça.

Voltando à reforma da previdência, que ela seja boa para todos nós, sem privilégios e com o resultado moral de proporcionar bem estar aos que não tenham mais forças para o trabalho material ou que estejam em situação de vulnerabilidade social. Assim como Kardec, podemos dizer que a solução da previdência social é de ordem moral. A solução não está na satisfação dos anseios do chamado mercado econômico ou do perfeito equilíbrio entre as relações de produção, distribuição e consumo de bens e serviço ao qual se dedica à ciência da economia. Talvez esta última, a economia, seja a melhor solução enquanto o Homem não se apresente educado moralmente.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Vento, ventania... espalha a farinha.

Sobre as discussões políticas, gostaria de entender por que o partido governista está envolvido num esquema de propinas? É claro que não é só o partido governista, mas toda a corja que forma base de sustentação.
 A oposição partidária não é melhor do que isso.

 No Brasil a base de sustentação é comprada. E isto acontece na federação,  estados e municípios.
 E não é comprada com prestígio ou projetos políticos. É comprada com dinheiro. Dinheiro sujo que vem de superfaturamentos e desvios até da área da saúde e educação.
Para ser governo tem que vender a alma.
E aí, descobrimos que alguns "defensores" do povo venderam e gostaram acumulando seu quinhão de riqueza e realizando seu sonho de ascenção social.
Reclama-se de Sarney, Collor, Maluf, Temer... e todos estavam muito bem aliados das políticas pró-povo do giverno atual.
E o Maluf, por incrível que pareça, parece regenerado, pois seu nome não está em nenhuma lista da morderna roubalheira da nação.

A questão pra mim não é se vai ou não ter golpe. É como um partido que nasce dos trabalhadores com pessoas politizadas, que combatiam a corrupção e as misérias sociais podem usar a prática do vale tudo pra se manter no poder.

A "globo golpista" é a personificação do mal, segundo o governo. E advinha que personifica o bem?

Bem e mal estão presentes em tudo. Não dá pra ser tão infantil a ponto de não enxergar a perversidade do atual governo ou dos governos atuais.

Admitir os erros seria o fim da linha para o governo. Então, sempre, enfaticamente, em todos os escândalos, mesmo sob a tortura da mídia, negue-se até o fim.

Agora é hora de deixar os lobos devorarem os próprios lobos.

Pra fazer parte da representação política, salvo exceções, precisa-se de muito dinheiro. Nenhum candidato se elege com os votos de amigos e de convencimentos por seu projeto político.

 O nosso sistema político-partidário está falido. Nossa democracia está agonizante.
 Como pode, num país continental como o Brasil se fazer conhecido e se eleger em 3 meses, que é a chamada campanha eleitoral?
 Quem paga os jatinhos, hotéis, material de campanha, cabo eleitorais... lanches... almoços e jantares?

Conheço pessoas de bem que militam na esquerda.
Conheço pessoas de bem que militam na direita.
E também conheço muita gente egoista que pensa primeiro em si, no seu grupo, no seu bem primeiro e sempre.

Nos últimos 14 anos entendi bem o que significa a expressão "na prática a teoria é outra"

Vi governos trabalhista usurparem direitos do trabalhadores, tratarem com arrogância a população na base do "relaxa e goza".
Plantarem prosperidade e progresso pra colherem propina e mensalão.

 Sempre a esquerda governo com seus lampejos socialista, assim como a direita precisa oferecer pão e circo pra realizar seu projeto capitalista.

Mas, hoje, olhando bem as lideranças de cada corrente política, vejo que mais e mais se assemelham favorecendo o ditado: farinha do mesmo saco.

Já a militância, esta sonha:
 Fora isso
 Abaixo aquilo
 Não vai ter golpe
Impeachment já
 Passe livre
Reforma já

Depois volta cada um pro seu futebol, pra sua cerveja, pro seu coletivo político, pro seu partido, pro seu cargo comissionado, pro seu trabalho alienado, pra sua igreja, pra globo, pros canais alternativos e a vida segue.

Melhor uma verdade que se vive em cada minuto do que uma verdade gritada aos quatros ventos. Pode até virar um furacão, mas passa.... deixando o rastro de destruição.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

O Brasil está bem representado?

21 % Não foram votar.
6 % votaram branco ou nulo
35% votaram na oposição
Menos de 40% da população do país elegeram um presidente.

Em São Paulo, maior colégio eleitoral e com representante de todas as classes e regiões do Brasil, bem menos que isso.

Quem é o eleitor brasileiro? Como ele toma a decisão por este ou aquele candidato?
Os Marqueteiros sabem bem esta resposta.

E qual o governo que quer administrar para não fazer o seu sucessor?
Mesmo que a reeleição acabe, o partido tentará ficar no poder, fazer o sucessor.
E que poder podre. Diante das acusações a defesa é acusar o outro com acusações maiores....
Quem tem estômago fraco, não entre na brincadeira.
Parece que o que move a política deste país é business e aumento de renda, especialmente dos medalhões e cada partido tem o seu!

Pode gritar a reserva moral, “eu não me vendo!” Mas, com o sucesso vem a popularidade, e então, aumenta bastante os bajuladores e ameadores de plantão.
Não se governa sem uma maioria.... E parece que o que une esta maioria, chama-se dinheiro, poder, um bom discurso e um bom marketing...

Os presidenciáveis se debatem! Mas, eu não me lembro de nenhum debate com Marcos Valério, Paulo Roberto Costa ou com o doleiro Youssef, e eles fizeram parte do jogo de podres poderes.

E professores engajados pregam o voto neste, naquele ou nulo.... E onde estamos mesmo no ranking mundial da educação?
Vamos universalizar a educação, vamos universalizar a saúde, vamos universalizar a passagem de avião, vamos universalizar a casa própria, vamos universalizar o carro próprio, vamos universalizar os almoços na churrascaria, vamos universalizar o jeito burguês de ser ...... Vida capitalista para todos! O bom é consumir. Viva la revolución! Fidel, mira como se hace!

E o ódio apareceu nesta eleição entre classes, ódio entre regionais, ódio entre candidatos, ódio entre partidos, ódio a imprensa, mas, uma complacência enorme e indulgente com os próprios erros.

Perdoe-me você da esquerda.... se nessa eleição conseguiu maioria, já não é tão de esquerda.
Perdoe-me você de direita, não há mais tanto espaço para seus preconceitos, elitismo, limpezas étnicas, intolerâncias e repressão.

Estamos transformando a política em torcidas organizadas... candidatos em messias, programas em fundamentalismo partidário e eleição numa partida de domingo: é o jogo político. Logo, estaremos lutando com o nosso vizinho porque ele colocou a bandeira do outro candidato... Fica mais fácil se abdicarmos de pensar!
Depois do resultado das urnas, passaremos mais quatro anos assistindo escândalos, desvios, delações premiadas, julgamento de quadrilhas (espero que julguem mesmo!), nepotismo, uso do bem público para o bem pessoal “de alguns” e ao surgirem as denúncias: não sabia, não conheço, nunca vi, não é meu, é mentira....

Mesmo assim, no último domingo pela manhã, tomei banho, vesti minha roupa de batente e votei. Saiu o resultado e o Brasil está bem representado.
Agora é esperar o que vem depois. O que acabou foi a campanha. A verdade começa agora. O Brasil tem o governo que elege! (ainda bem).

Diante de tudo, quero ver: reforma partidária, pronatecs, creches, banda larga para todos, mais médicos especialistas, crescimento econômico, ganho salarial, pleno emprego, redução de juros e corruptos na cadeia.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Invente um 2014 diferente!

O gênero humano é muito inventivo. Inventou uma forma de renovar sua vida e colocou um começo e um fim de ano. Com base na lua ou nas estações do ano ele conta o tempo e vê que os ciclos se repetem, ou se renovam.

Assim, criamos a oportunidade de após um ano tentar novamente, fazer diferente, criar, recriar, viver, reviver, inventar, reinventar, estar e ser, renascer...

Como estamos começando um ano agora, vamos pensar no período de um ano, mas também podemos pensar em períodos menores, como os meses, semanas e dias.

Há um ditado que a vida começa aos 40 anos. É um bom ditado para que que chega nesta idade não pense que está chegando em um fim e sim em um começo. Hoje 40 anos não é talvez, a meia idade. Talvez, porque vivemos cada vez mais, e chegar aos 100 anos não e mais nenhum privilégio, começa a ser normal.

Vamos fazer o nosso PDCA = Planejar, Desenvolver/Executar, Checar e Ajustar/ Atuar.

Sonhos nos remetem a planos = como, quando, quanto, onde, quem e o quê?

Planos nos retem a ação!

Ação os remete a verificar a ação ou checar!

E é aí que precisamos ajustar ou replanejar.

Entre o plano e o ajuste precisamos de um intervalo de tempo. Porque deixar para avaliar no final de um ano? Vamos pensar em intervalos menores. Um grande tarefa pode ser dividida em pequenas partes para executarmos em pequenos intervalos de tempo.


Leio e escuto frases do tipo:Que 2014 seja melhor, mas o quanto estamos dispostos a sermos melhores em 2014?

Não espere um 2014 melhor, seja melhor e faça um 2014 diferente!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Um olhar noturno

No último dia 25 de Natal.  Como fazemos semanalmente, há três anos e meio junto com a Caravana Irmã Caridade, nos preparamos para a ronda noturna onde servimos uma janta à população de rua, e nesta noite, uma sacolinha de Natal com camiseta, produtos de higiene pessoal e algumas guloseimas.

Embora feliz pela atividade voluntária e pela generosidade de dezenas de pessoas que doaram os produtos para entrega de Natal, uma tristeza doía na alma.

 Quinze pessoas, quatro carros, porta malas cheio. Fizemos nossa oração e saímos.

 No ponto de ônibus um senhor sentado, cabeça inclinada olhando para o chão. Roupa boa, mas necessitando troca. Abriu a marmita rapidamente e feliz... O que faria ali aquele senhor ultrapassando a meia idade?

Na mesma calçada, sentada no chão com uma criança no colo, outra ao lado, com certeza não era moradora de rua... mas estava ali. Passava das 23h. Ofereci a janta. A mãe agradeceu mas não aceitou. A criança de uns 8 anos olhava fixamente para mim. Então, perguntei: E você já jantou? A criança cheia de espontaneidade aceitou a refeição e a mãe abriu um sorriso aliviada.

 Continuamos nossa ronda. Uma moça magra e grávida andava procurando algo no chão. Oferecemos uma janta. Ela pediu cigarros. Ficamos sabendo que estava grávida de 6 meses. Oferecemos novamente a janta. Ela insiste nos cigarros. Na sacolinha tem salgadinho, suco e um pedaço de panetone, você não quer? Ela, então, aceitou dizendo ser desejo de grávida. Maternalmente alguém disse, coma o arroz com feijão... É disso que seu bebê precisa...Ah... o bebê... precisa de tantas coisas...

Foram vários encontros naquela noite. Um morador de rua com um lindo São Bernardo de 10 meses... Um bêbado que disse que ficaria bom com o nosso café (demos primeiro o café, é claro)... Outro que nos pôs a correr... Um andarilho zumbi que só queria moedas... bem sei de onde vinha a energia para pedir moedas sem se alimentar...

  Por fim, dois últimos casos dos 130 da noite. Um catador de recicláveis passou o dia sem comer. Sua primeira refeição seria àquela na noite do dia 25 de Natal. E uma moça que dividia um beco escuro com outros moradores de rua, ardia em febre... chamamos o SAMU que provavelmente demoraria horas para chegar. Nos oferecemos para levá-la a um pronto socorro...  a moça conformada com os sofrimentos da vida não aceitou e disse que iria amanhã. Não tínhamos o que fazer. Oramos por ela...

No dia 25 de Natal a entrega foi mais triste. Talvez por ser natal, talvez por ser madrugada do dia 26. Talvez pela chuva que já havia caído. Talvez pelos sinos não tocarem naquele momento.

 Na sombra de uma parede, as luzes piscantes de uma fachada dançavam.

Amanhã será um novo dia. Coragem!




quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Feliz Natal! dez/13

É inegável que o Natal é uma importante data para o comércio, entretanto, apenas 10% da população brasileira considera esta data comercial. A maioria considera uma data para reunir a família e, um menor número, uma data religiosa. Posto isto de lado, o quê mais representa o Natal?

 Na tradição cristã, saber que alguém nasceu em situação tão adversa e que viveu uma vida de princípios com tanta simplicidade e verdade, interferindo para sempre em nossa história, nos dá ânimo para também pensarmos em transformar nossa realidade.

 Relações mais profundas movidas por sentimentos verdadeiros, indo além das máscaras dos encontros sociais, sem a necessidade de conflitos e aflições que estampam tão bem a verdade de cada um.

Distribuição das alegrias materiais do natal àqueles que por imprevidência, má sorte, exclusão ou escolha não compartilham da mesa farta e da troca de presentes.

 Indo um pouco mais além chegamos a fraternidade. Sentir a presença amiga que nos de força, proteção, com quem possamos dividir nossas alegrias, tristezas, angústias e esperanças. Dividir o pão e construir o caminho.

 Assim viveu Jesus com os seus. Não fundou uma religião e sim uma forma de ser, de agir, de se colocar diante a vida.


 Feliz Nascimento! Que você jamais queira ser o mesmo. Que você queira ser melhor, pois, melhor é possível!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Qual a sua teoria?

Quando temos uma dor de cabeça, dependendo de quem escuta a nossa queixa, poderemos ter teorias diferentes quanto a causa da dor:
Um nutricionista, "deve ser alguma coisa que você comeu";
Um psicólogo, "você passou alguma crise nervosa?";
A mãe da gente, " eu falei pra você não tomar friagem...";
Um espírita, "deve ser alguma má influencia que você recebeu..."
Um médico, "é virose"...
É claro que estou exagerando e me divertindo com as respostas, todos podem se aprofundar um pouco mais na anamnese e chegar a uma conclusão mais profunda, solicitando até exames a respeito para fundamentar a teoria do diagnóstico, excluindo as chances de erro.
Nós também quando analisamos algum acontecimento, tendemos a formular uma teoria para o que está acontecendo e nem sempre esta teoria é verdadeira.
Vemos bem isso quando encontramos pessoas que desenvolvem manias, por exemplo, alguns artistas antes de entrar em cena fazem um ritual próprio para se colocarem no estado necessário para a representação, e se não fizerem o ritual, e algo dar errado, foi a falta do ritual que acarretou o insucesso...
Um ritual realmente tem o poder de nos colocar num estado de possibilidade ou poder, mas podemos entrar neste estado de outras formas.
O que eu quero dizer, para não me alongar e perder a ideia deste texto é quem nossas teorias nem sempre embasam a verdade, são teorias, muitas vezes fundamentadas em um rigor de lógica, mas não deixa de ser uma teoria, até o momento que é comprovada ou rechaçada pelos fatos,  como foi a teoria da Terra ser redonda e se mover numa órbita entorno do sol.
As vezes, nos apegamos a uma teoria com unhas e dentes tomando como verdade absoluta e aí podemos estar caindo em nossas próprias armadilhas. Alguns chamam isso de sistema de crenças.
Diante de algumas análises de fatos sociais, pessoais, sentimentais, vemos expressões das mais variadas opiniões, conflitantes e sempre muito contundente.
"Se é mendigo é vagabundo";
"Se não tem nada é porque não trabalha";
"Se não passa na prova é porque não estuda";
"Nosso amor tudo suporta";
"Bebe porque é sem vergonha";...
São opiniões que quase sempre não corresponde a verdade ou a realidade dos fatos.
Como este texto que é apenas provocações, teorias, para este momento d'eu no mundo.